Dra. Flávia Porcaro Muratori. PSICÓLOGA CLÍNICA. Endereço: Avenida Tiradentes, 585, centro – São João Del Rei – MG. Telefones: (32) 3371-9178 ou (32) 9924-9178. Atendimentos: Psicoterapia de Casal – Psicoterapia de Família – Psicoterapia Individual –Neurofeedback

Psicóloga em São João Del Rei

A Psicóloga Clínica Dra. Flávia Muratori atende em São João Del Rei e possui Pós-Graduação em Psicologia Transpessoal, formação em Psicoterapia de Família e Casal e formação em Biofeedback e Neurofeedback.

É especializada nos seguintes atendimentos:

-> Psicoterapia Individual: A Psicoterapia Individual promove o autoconhecimento, o crescimento pessoal e a elevação da auto-estima. Propicia ao paciente a tomada de consciência da origem dos comportamentos indesejáveis, a identificação dos sentimentos, a melhora da relação consigo mesmo e com os outros e o entendimento das situações pelas quais passa na vida.
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-> Psicoterapia de Casal: A Terapia de Casal atua nos conflitos do relacionamento a dois com o objetivo de restaurar o respeito, melhorar a comunicação, desenvolver habilidades para solucionar problemas e mudar padrões de comportamentos destrutivos entre os cônjuges.
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-> Psicoterapia de Família: A Terapia Familiar visa cuidar das relações familiares entre pais e filhos, partindo do princípio de que o mais importante é o cuidado do grupo familiar como um todo. O sintoma de um dos membros é reconhecido como um sintoma familiar. Proporciona mais diálogo, respeito e entendimento entre os participantes.
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-> Neurofeedback: O Neurofeedback estimula as habilidades cerebrais, regenerando e desenvolvendo suas potencialidades. Podem-se corrigir distúrbios no funcionamento cerebral e aprimorar o desempenho cognitivo e emocional.
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Caso precise de algum desses tratamentos oferecidos, sinta-se á vontade para entrar em contato e marcar uma consulta.

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Cartão Visita Scaneado verso

Homenageada no Empresas e Profissionais de Sucesso de 2011 do Jornal Tribuna Sanjoanense.

Flavia

Entrevista dada por Iara Camaratta para Jessica Fontoura / UNIMED/março de 2010

Como funciona a terapia de casal?

A terapia de casal consiste numa oportunidade de “reencontro” entre os parceiros, num ambiente relativamente neutro, com a participação de um terapeuta atento e interessado, que faz perguntas e levanta hipóteses, na tentativa de ampliar a possibilidade de que ambos se escutem, se vejam e se compreendam da melhor forma possível.
Alguns terapeutas assumem posições mais ativas, intervindo, aconselhando, determinando tarefas a serem cumpridas. Outros – e eu me enquadro neste grupo – adotam recursos que ampliem o auto-conhecimento, o reconhecimento do parceiro como um “outro”, e não como mera extensão sua, o respeito às diferenças e uma capacidade de lidar saudavelmente com as divergências. Daí o título de meu livro mais recente, lançado pela Editora Casa do Psicólogo (SP): “O Casal diante do Espelho”. Em alguns momentos pode ser doloroso, mas no geral acaba se tornando muito gratificante olhar para o outro, para si mesmo e para a relação com um olhar mais atento, profundo e amoroso. Em síntese, no meu entender, a terapia de casal pode ser metaforicamente representada justamente por esta imagem: a de um casal diante do espelho.

Por sua experiência, que tipo de problemas leva um casal a procurar uma terapia em conjunto?

São muitos, geralmente encadeados, embora um deles possa predominar. Por exemplo: o desencanto, quando o estágio da paixão se desfaz sem que o amor ocupe seu lugar; a falta de criatividade, de iniciativas e de motivos para comemorações a dois; a inércia, a monotonia do cotidiano, o pouco investimento em si mesmo e na relação; a diminuição de prazeres compartilhados, ligados à própria rotina, à intimidade do lar, à convivência com família e amigos, a ambições e sucessos de ordem intelectual, artística e cultural; poucas afinidades, crenças e valores muito diferentes; indiferença, apatia e desleixo; irritabilidade, mau humor e grosserias; inveja, ciúmes, infidelidades… Cabe acentuar que também o nascimento dos filhos e vários pontos ligados à convivência com eles e ao processo educacional são freqüentes geradores de stress na vida conjugal.

Que resultados pode alcançar a terapia de casal?

Um ponto que interessa é onde “realmente” o casal deseja chegar. Suas metas são viáveis, levam o outro em consideração? A fantasia de muitos pares é que o terapeuta poderá contribuir para que “o outro” mude. O foco da terapia de casal, porém, está na “relação em si”, ou seja, naquilo que acontece “entre eles”. Muitos sentem-se aliviados do peso de serem os vilões da história, os coitadinhos, vítimas ou culpados. E interessante é que estes sentimentos negativos muitas vezes os acompanham desde os primeiros anos de suas vidas, repetindo-se “aqui e agora”.
Considero que os principais resultados podem ser: diálogos mais afetivos e, também, mais “efetivos”; modificações na forma de expressarem pensamentos, sentimentos e desejos, bem como de escutarem um ao outro; abandono a idealizações que só trazem prejuízo à auto-estima e ao amor mútuo; substituição destas idealizações por metas viáveis; aumento da tolerância a frustrações e da capacidade de administrar melhor aos conflitos; vida sexual mais criativa, plena e satisfatória, etc. Cada casal é único e não se pode estabelecer critérios universais para se avaliar os resultados.

Em geral, quem aceita melhor o tratamento, o homem ou a mulher?

Ambos. Há alguns anos, quase sempre era a mulher que tomava a iniciativa. Na atualidade, muitos homens não só tomam a iniciativa, como se dedicam intensamente para que a relação com a parceira seja cada vez melhor. E é um conforto para as mulheres contar com esta parceria e cumplicidade. Naturalmente, em virtude de algumas questões neuróticas, existem aqueles casais que buscam ajuda mas, inconscientemente, projetam no outro todos os males e boicotam os sucessos que tomam como desejáveis.

Em geral, de quem parte a proposta de o casal partir para o tratamento, do homem ou da mulher?

Na atualidade, tanto homens quanto mulheres propõe, muitos deles a partir de confidência e sugestão de amigos que já fizeram terapia; de estímulos oriundos de leituras, de palestras e da mídia em geral e também por indicações médicas.
Que argumentos posso utilizar para convencer meu companheiro a procurar ajuda profissional?
De um modo geral o que mais e melhor estimula é conversar francamente, fora das situações onde ambos estão mal-humorados, discutindo e acusando-se mutuamente. A proposta não pode soar como ameaça ou castigo, mas sim como oportunidade que vai beneficiá-los.
Terapia de casal é um investimento, que implica em tempo, dinheiro e genuíno interesse mútuo em favor de uma convivência mais gratificante. Para mim, é muito forte a convicção de que “qualquer coisa” pode merecer uma terapia, mas o que realmente conduz a resultados favoráveis é o “desejo” de se tratar e de (com)viver melhor.

Terapia de casal

 

1 – Quais são os principais problemas que a saída da casa dos pais, por ocasião do casamento, pode causar?

Psicóloga: Qualquer mudança pode provocar alguns desconfortos emocionais para qualquer uma das partes envolvidas. No caso da saída da casa dos pais tanto os pais podem se encontrar com o famoso “síndrome do ninho vazio” que ocorre quando os pais se sentem solitários e com dificuldades de adaptação na nova rotina que agora não inclui mais a presença do filho em casa. Nesta síndrome a simples ausência da roupa do filho jogada na sala, a mesma roupa que causava grandes brigas, agora é motivo de saudades e de percepção de que nascemos só e morremos só.

Da parte dos filhos sair de casa para casar também pode causar um abalo emocional. Por mais que este momento seja desejado a rotina é sempre algo confortável. A mudança de rotina e a mudança de ambiente para a casa nova causam sempre um certo estranhamento, que pode até ser positivo, alias deve ser positivo.

Em muitos casos a saudades dos pais, a saudade da sensação de ter os pais por perto, principalmente quando o relacionamento com os pais é saudável, pode ser algo sofrido.

Novas atividades também podem causar um certo estresse. É comum que os filhos contem com seus pais, principalmente a mãe, para algumas tarefas como por exemplo o preparo de seu almoço e o cuidado com suas roupas. Assumir a vida de casado significa administrar estas tarefas, e mesmo que haja estafe para isto sempre haverá a obrigação de conferir e orientar o serviço realizado.

Para muitos também há a mudança de padrão econômico, pois é  comum que os pais, devido ao tempo no mercado de trabalho, efereçam aos seus filhos um padrão melhor do que eles terão em suas novas vidas de casado, pois os filhos estarão em etapas inicias em suas profissões.

2 – Porque muitos casais reclamam que seus companheiros mudam após o casamento?

Psicóloga: Sempre que houver mudanças em aspectos do dia a dia haverá mudanças emocionais e comportamentais. Mudar de casa, mudará a rotina da pessoa. Mudar de estado civil também muda o olhar que cada um tem de si mesmo e do parceiro, É possível que as expectativas que uma pessoa tenha de seu namorado ou namorada sejam menos exigentes do que as expectativas quando esta pessoa se tornar marido ou esposa.

As mudanças serão maiores conforme a diferença de percepção de papeis que as pessoas tem em relação as situações: namoro ou casamento, Algumas pessoas percebem claramente que ela tem um olhar bem diferente para alguém solteiro do que para um casado. Muitas coisas que consideramos normais para os solteiros nem sempre é considerado normal para o casado como por exemplo, ficar com os amigos, a frequência de visita a casa dos pais, etc.

3 – O que pode ser feito para amenizar conflitos no pós-casamento?

Psicóloga: Treinar a empatia. Empatia é a capacidade de entender a outra pessoa. Perceber a outra pessoa em seus sentimentos e realidade pessoal. Mas vamos deixar claro que entender não significa perdoar tudo o que o outro faz e nem aceitar todas as maluquices alheias. Entender é perceber o outro como uma pessoa que tem sua história de vida e percepções diferentes da sua. Deve ser respeitado a ponto de merecer que as discordâncias sejam conversadas e mereçam a possibilidade de entendimento e até de que cada um abra mão de algo para o bem do relacionamento.

4 – O que é terapia de casal, e quando é indicada?

Psicóloga: É a oportunidade de ter alguém com capacidade técnica para facilitar o entendimento do casal. A terapia de casal é normalmente procurada quando algo está provocando discórdias e até a possibilidade de rompimento. Muitas vezes a traição é o motivo da psicoterapia de casal, outras vezes é a desmotivação no relacionamento. Conflitos na família, criação dos filhos, aspectos financeiros também costumam levar casais a terapia.

O que devemos avaliar na hora de decidir entre terapia de casal ou psicoterapia individual é onde está o problema. Caso o problema seja a interação entre o casal, questões que estão na esfera do relacionamento devem ser trabalhadas em terapia de casal. Questões individuais, traumas de infância, mesmo que estejam afetando o casamento devem ser tratadas em psicoterapia individual.

Terapia de Casal

– Em quais momentos uma terapia de casal é realmente necessária? Quais os motivos mais comuns que levam o casal a procurar ajuda?

Psicóloga : A terapia de casal se faz necessária quando a comunicação cessa ou se torna inviável.

Os gatilhos mais comuns são:

– Traição por uma das partes

– Distanciamento por uma ou ambas as partes.

– Agressividade aparentemente sem motivo por uma ou ambas as partes.

– Fortes motivações para atividades que excluem o parceiro.

Perceba que chamei estes itens de gatilhos e não motivos, pois é muito claro que por trás de uma traição, ou priorizar o chop com os amigos em lugar de uma atividade com seu parceiro há algo muito maior.

 

– Geralmente qual parte do casal procura a terapia? O homem é realmente mais fechado nesse sentido?

Psicóloga : Sim. Normalmente a mulher procura mais a psicoterapia de casal. Os homens se mobilizam menos para a manutenção do relacionamento, podem até sofrer com a possibilidade de rompimento da relação mas não acreditam que haja algo para ser feito. Eles são mais prepotentes a acreditam que podem resolver tudo sozinhos ou que as coisas retomarão à normalidade por si só.

 

– Os casais acham que o terapeuta vai salvar o casamento. Qual o papel real desse profissional? Até que ponto ele pode interferir na relação a dois?

Psicóloga : O terapeuta salva o casamento quando o objetivo do casal é salvar o casamento. Muitas vezes o objetivo da terapia de casal é justamente perceber se há salvação, se há sentimentos suficientes para que haja esforço de ambas as partes no sentido de renovar a relação.

O terapeuta de casal não sugere comportamentos, não dita o que  cada parte deve fazer, mas trabalha como facilitador da comunicação.

Não seria possível salvar um casamento que não há mais base para se sustentar. Muitas vezes uma parte do casal só comparece à terapia para obter ajuda do terapeuta para mostrar a outra pessoa que não há sentimentos suficientes para que continuem juntos. Muitas vezes há um relacionamento em paralelo que só não foi exposto por falta de coragem de uma parte deste casal, e esta parte usa a terapia para ter coragem de anunciar que já está em um novo relacionamento ao qual pretende se dedicar integralmente.

 

– A partir da ajuda do terapeuta, quais medidas o casal deve tomar para reatar a relação?

Psicóloga : Comunicação e empatia. Este é o ponto principal. Saber entender o sentimento do outro, saber ler qual tipo de sentimento que o outro nutre por ele, e saber expressar qual sentimento nutre por seu parceiro.

 

– Como funciona a terapia de casal? De que forma o profissional investiga os problemas do casal? A conversa é a dois ou a três?

Psicóloga : Depende do terapeuta. É possível que inicialmente a parte que teve a iniciativa seja atendida 1º. Pode ser que eventualmente uma das partes compareça sozinho. Pode ser que em 100% das consultas com o terapeuta de casal as duas partes estejam sempre juntas.

A partir do momento em que um casal começa a planejar ter um filho, inicia-se um processo de construção psíquica da imagem de como esse deverá ser no futuro. Nessa imagem fantasiada os pais colocam muito de suas expectativas e sonhos. Esse filho deverá ter as qualidades que os pais mais admiram – inteligência, beleza, capacidade afetiva ou personalidade forte, por exemplo.

“O bebê sonhado é um composto de impressões e desejos originados nas próprias experiências dos pais” (Klaus & Kennell, 2000, p. 150). E essas experiências da vida dos pais podem ser as mais diversas, gerando-se disso as mais variadas expectativas, todas elas investidas do afeto que nutre as relações entre pais e filhos.Mas, quando acontece o nascimento do filho, sempre há uma diferença entre o bebê imaginário dos pais e o bebê real que está chegando na família. Essa diferença sempre demanda algum esforço de adaptação, podendo ser facilmente superada pelo investimento amoroso dos pais em seu filho.

O esforço de adaptação será mais difícil quanto maior for a distância entre o sonho e a realidade. Quando os bebês nascem com algum tipo de malformação, essa questão torna-se ainda mais complicada. A distância entre o bebê idealizado e o filho nascido com malformação ou com algum outro distúrbio importante do desenvolvimento (deficiência mental, sensorial ou autismo, p. ex.), é muito maior. Nesses casos, os pais têm que lidar com grandes frustrações de seus projetos e sonhos, o que se constitui num grande desafio. O presente trabalho pretende abordar as formas como os pais podem lidar com esse desafio e as respostas disfuncionais mais comuns que apresentam: a separação do casal, as preocupações excessivas, o estresse crônico e a vergonha social. Cenas do filme “O óleo de Lorenzo” ilustram o tema a ser apresentado.

Luiz Carlos Prado – Médico Psiquiatra, terapeuta de casais e famílias do Instituto da Família de Porto Alegre.

Alberto Eiguer

Publicado em O Estado de S. Paulo:

Um dos precursores da terapia familiar, o psicanalista francês Alberto Eiguer, presidente da Associação Internacional de Psicanálise de Casal e Família, afirma que esse tipo de terapia ainda é desconhecido e fonte de temores, como o da perda de autoridade para o terapeuta. Mas a ajuda profissional evita o caminho da violência. “As famílias que vivem um conflito muitas vezes acham que o melhor é não falar, não contar, não explicar”, disse o especialista, que esteve no Brasil para evento da ONG Instituto Rukha, que dá auxílio psicológico à famílias vulneráveis.

Existem até reality shows para ensinar as famílias a dar conta de suas dificuldades. O que isso mostra sobre elas?

Sim. E têm muito sucesso. Isso mostra que as famílias precisam avançar na discussão dos problemas que têm. Porque as famílias têm problemas e eles existem não só entre os casais, mas entre pais e filhos, entre os irmãos, há ainda as questões relacionadas aos avós. Isso mostra que as famílias necessitam de especialistas que as orientem. Questões de autoridade, como conseguí-la. E para o momento em que a autoridade passa a ser violência, o que aumentou bastante ultimamente.

Mas terapias familiares são pouco utilizadas, mesmo pelo sistema públicos de saúde.

As terapias familiares não são tão conhecidas quanto deveriam. Os pais têm um certo orgulho de poderem educar seus filhos sozinhos e a terapia os leva a colocar em xeque sua própria capacidade. Uma das tarefas do terapeuta é mostrar que ele não substitui o pai e a mãe, mas os ajuda a exercer plenamente a paternidade.

Perder a autoridade é o medo mais comum?

Sim, o segundo é que têm medo de mostrar suas fraquezas. As famílias que vivem um conflito muitas vezes acham que o melhor é não falar, não contar, não explicar.

O que diferencia a terapia familiar psicanalítica?

O terapeuta busca esclarecer os aspectos que estão na origem das dificuldades e não estão claros. Utiliza-se de interpretações, por diferentes métodos. Há um método em que é feito um desenho coletivo da casa, como um plano arquitetônico, o que permite ver muitas coisas que são inconscientes, trazer muitas perspectivas.

No País, cerca de 30% dos lares têm mulheres como chefes.

A monoparentalidade é um fenômeno atual. A presença de dois pais permite que os problemas dos filhos sejam divididos, mas nas famílias monoparentais os filhos podem tentar poupar a mãe, porque sabem de suas dificuldades.

Mas mesmo em famílias com pai e mãe, a figura do pai muitas vezes tem menos importância.

Os pais têm de encontrar um lugar em que sejam necessários. Na sociedade tradicional, a posição do pai antes era soberana, prestigiosa. Agora o pai tem dividir e lutar para conseguir seu lugar. Há situações em que, por exemplo, ganham menos ou estão desempregados. Mas veja como há diferenças até no modo como a mãe e o pai banham o bebê. A mãe com mais ternura, o pai com mais vigor, o que permite que eles se diferenciem.

O senhor veio falar de famílias vulneráveis, vítimas de múltiplas privações. Como recuperá-las?

A luta por sobreviver, ganhar dinheiro todos os dias, faz com que os pais não possam se ocupar da educação, do lazer. Um tipo de problema comum nessas famílias é a dificuldade de se divertir junto. Quando as pessoas têm de se ocupar em sobreviver, pensam que não podem se dedicar ao lúdico. E muitos problemas vêm daí. Mas podem. Além disso, há a falta de perspectiva de futuro. O resultado de tudo é que a família não sabe para que está junta.

A terapia dá espaço para refazer o sentido de estar junto?

Sim. Por isso, desenvolvo um trabalho que se chama por uma terapia familiar recreativa, no sentido de buscar o lúdico. Cada família tem de ter um sentido geral e deve buscar constantemente a melhor maneira de viver junto.

Discutindo os pequenos e grandes aspectos?

Muitas famílias dão importância aos pequenos problemas e não aos grandes.